Dario Alves 1940- Pintor e professor universitário |
Dario Alves nasceu em Torre de Moncorvo, a 16 de Dezembro de 1940, embora viva no Porto desde a sua meninice.
Em 1959 começou a trabalhar na área do Design Gráfico e, até 1965, passou por diversas empresas do ramo (Estúdio Atenas, Tipografia Carvalhido e Simão Guimarães Filho Lda.) e chefiou a secção de divulgação do Jornal de Notícias entre 1978 e 1987.
Na Escola Superior de Belas Artes do Porto frequentou os cursos Geral e Complementar de Pintura, que concluiu em 1965 e 1973, respetivamente.
Nos anos seguintes lecionou nas escolas comerciais e industriais de Ermesinde e de Vila Nova de Gaia (1973/1976), integrou o Conselho Técnico e a Direção da Cooperativa Árvore (1975/1977) e, em 1976, encetou a sua carreira académica na ESBAP (actual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), onde veio a lecionar, até 1999, as cadeiras de Introdução às Artes Plásticas/Design, Desenho Gráfico, Grafismos Especializados e Pintura.
Antes e depois do 25 de Abril de 1974 começou a expor colectivamente (em 1972) e de forma individual em 1979. Com o pintor Lima de Carvalho e os escultores Clara Menéres e Alfredo Queirós Ribeiro participou em atividades do Grupo ACRE e fundou o Grupo Puzzle, juntamente com artistas como Graça Morais, Albuquerque Mendes, ou Pedro Rocha (1976).
Na década seguinte, auferiu de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian que lhe permitiu visitar as bienais de Design Gráfico da Polónia, de Itália e da Checoslováquia (1980/1986). Dirigiu a Galeria EG (1984/1989) e consolidou a sua carreira na ESBAP. Nesta instituição, presidiu ao Conselho Diretivo (1984/1993 e 1996/2001) e ascendeu sucessivamente ao grau de Professor Auxiliar (1983), de Professor Agregado (1996), e de Professor Associado, com o qual se aposentou, em 2001.
Em 1998 fez parte do júri que escolheu a face portuguesa do Euro e do painel técnico encarregue do enquadramento estético dos projetos da Ponte do Infante, mais tarde edificada sobre o Douro, ligando as cidades do Porto de Vila Nova de Gaia.
De entre a sua variada obra artística podem enumerar-se os retratos de destacadas personalidades portuguesas como Mário Soares, os reitores Alberto Amaral e José Novais Barbosa, da Universidade do Porto, Lúcio Craveiro, Machado Santos e Licínio Chaínho, da Universidade do Minho, e o Presidente do Instituto Politécnico do Porto, Luís Soares, pintados entre 1994 e 2006. Realizou, também, o revestimento cerâmico do refeitório dos Serviços de Transportes Coletivos de Matosinhos (1977), e serigrafias para a ESBAP, para as empresas Soares da Costa e Carlos Sousa Têxteis, para a Unibanco e para as Galerias S. Bento, em Lisboa. Fez ilustrações para as Edições ASA e a Lisboa Editora, cartazes para o Museu Nacional Soares dos Reis, catálogos de exposições, e ainda os logótipos da Fundação Engenheiro António de Almeida, da União de Bancos Portugueses e da Cimertex.
A sua arte esteve patente em inúmeras exposições e encontra-se representada em colecções particulares de instituições, como na Delegação da ex-Secretaria de Estado da Cultura, no Porto, na Reitoria da Universidade do Porto, no Instituto Politécnico do Porto, na Universidade do Minho, em Braga, na Fundação Dr. Mário Soares, em Lisboa, na Associação Industrial Portuense, no Porto, na sede do Jornal de Notícias, no Porto, na AXA Porto, no Hotel Algarve, em Lagos, na sede da empresa Mota e C.ª, no Porto, na Fábrica de Chocolates Imperial, em Vila do Conde e em diversos bancos, como o BCP e o BPI. Contam-se, ainda, museus portugueses e estrangeiros: Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Centro de Arte Contemporânea, Museu de Soares dos Reis e Fundação de Serralves, no Porto; Museu de Desenho de Estremoz; Fundação Cupertino de Miranda, em Famalicão; Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa; Museu de Arte Moderna de Lund, na Suécia).
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2010)